PROFESSOR ARTUR PINHEIRO

Tuesday, October 28, 2008

Brasileiros buscam no Paraguai cursos de qualidade

Opinião

Wagner Enis Weber

Além de ter a mais baixa carga tributária do mundo, o custo de vida no Paraguai, representa o equivalente a 60% do custo de vida no Brasil

Em 2006, fui convidado a instalar os serviços da Fundação Getúlio Vargas (Isae/FGV) no Paraguai, e, em janeiro daquele ano, fiquei perplexo ao ver, circulando pela cidade, centenas de brasileiros que estavam no país não para fazer "compras", mas para freqüentar cursos de Mestrado e Doutorado. Depois de dois anos conhecendo as diversas universidades locais, em janeiro de 2008 resolvemos, através de Revista Enfoque Económico, apoiada pelo Isae/FGV de Curitiba, realizar uma pesquisa com estes alunos sobre a qualidade dos cursos que estavam sendo ministrados nas principais universidades privadas. Para tanto, foram entrevistados 267 alunos, que preencheram um formulário com 10 questões objetivas, e também, entrevistas subjetivas. Questionados sobre a qualidade geral dos cursos, 80% os qualificaram como excelentes e 20% como BONS. A explicação está no fato de que 79% destacaram os professores como sendo de excelente nível, e 21%, bom. Além disso, duas questões foram unânimes em todas as universidades: 1. Os alunos recebiam um tratamento "muito mais humano do que teriam no Brasil". 2. Em todas as universidades pesquisadas, alunos e professores responderam que existe uma grande preocupação com o embasamento científico que o aluno deve receber para prosseguir. Esta percepção fez com que 30% dos alunos colocassem os cursos paraguaios como "superiores aos ministrados no Brasil" e 70%, no "mesmo nível daqueles do Brasil". Os cursos no Paraguai concentram-se nos meses de janeiro e julho, em quatro a cinco módulos.Quando estamos em um determinado local, exclusivamente para estudar, nos desligamos de todos os demais problemas, e nos concentramos somente em nossos cursos, o que possibilita um rendimento muito maior do que aquele de freqüentar-se uma ou duas vezes semanais, após horas de trabalho, e ainda com a cabeça voltada para problemas pessoais. Em relação a preço, se bem os valores no Paraguai são inferiores aos cobrados por universidades brasileiras, os professores - maioria estrangeiros- ganham o mesmo do que no Brasil. Além de ter a mais baixa carga tributária do Mundo, o custo de vida no Paraguai, representa o equivalente a 60% do custo de vida no Brasil (Mercer Human Resources). Portanto, encontram-se bens e serviços da mesma qualidade, por um valor mais adequado. Os cursos ministrados em período intensivo no Paraguai, não são exclusivos daquele país. Ocorrem na Argentina, Chile, Espanha, Portugal, e diversas outras nações. É uma questão de realismo, e adequação ao cotidiano daqueles que desejam aprimorar seus conhecimentos, sem qualquer prejuízo à qualidade, como a própria pesquisa demonstra, e pode ser comprovado por qualquer autoridade brasileira que se anime a deslocar-se àquele país irmão. Wagner Enis Weber - Professor e pesquisador do Ineespar, representante da Fundação Getúlio Vargas no Paraguai e-mail:Wagner.enis@terra.com.br
ARTIGO publiado no O POVO em 08/04/2008 00:30
fonte www.opovo.com.br

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