PROFESSOR ARTUR PINHEIRO

Sunday, October 07, 2007

DIACONATO PERMANENTE: NOVAS PERSPECTIVAS

DIACONATO PERMANENTE, NOVOS HORIZONTES

Recentemente vi uma reportagem na televisão, sobre os diáconos permanentes da Arquidiocese de Fortaleza. Apesar de ser uma instituição antiga, ainda é recente, entre nós, a prática de ordenação de diáconos. Salvo engano a reportagem dizia que Fortaleza tem cerca de 8 diáconos permanentes. Ainda segundo a matéria, são várias as atividades que um diácono pode desempenhar, dentre elas as celebrações, sem a eucaristia, batizados, casamentos. O mais importante é que o diaconato permanente pode ser exercido por homens casados. Não sei se também ordena-se mulheres, mas com certeza homens casados, sim.
Fiquei pensando: a Igreja Católica tem dificuldade de expandir o número de padres na proporão do crescimento da população. É comum se ouvir dizer que é difícil se conseguir um padre para celebrar, por exemplo, uma missa de corpo presente, ou de sétimo dia. Nós tivemos essa dificuldade recentemente com o falecimento de nosso pai. Diante de tal dificuldade, a igreja deveria traçar uma política de formação de diáconos e expandir essa categoria de religiosos, se é assim que podemos chamar. Poderia traçar uma meta de pelo menos dois diáconos para cada paróquia, para auxiliar os padres, deixando para estes somente os ofícios exclusivos de sua competência.
Fazendo uma projeção por município, no caso do estado do Ceará, posto que não temos o número de paróquias; seriam formados, de imediato, nada menos que 368 diáconos permanentes. Certamente, um contingente desta magnitude auxiliaria, bastante, o trabalho dos senhores párocos. Outro dado importante numa ação ousada como esta, que pode ser vista como absurda, por alguns setores, seria a experiência da participação de homens casados nos ofícios da igreja. Quem sabe uma preparação para uma mudança no critério de ordenação de padres para o futuro, com a flexibilização da obrigatoriedade do celibato, tornando-o opcional.
Mas isso são idéias de um leigo que tem como convicção, que o celibato deveria ser opcional Mas já que isso não pode ser praticado, no momento, na Igreja Católica Romana, talvez viesse a ser um aprendizado, o ingresso, em massa, mas com a formação adequada, de homens casados, na instituição do diaconato permanente.
Se ofendi alguém, ou entrei em uma seara fora da minha alçada, peço perdão, posto ser esta a marca mais autêntica do cristianismo, nem sempre praticado pelas instituições e pessoas que se dizem cristãs.

Prof. Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor de História da UECE
Membro suplente do Conselho Estadual de Educação.

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