PROFESSOR ARTUR PINHEIRO

Saturday, January 12, 2008

DISCUTINDO A POLÍTICA DE INTERIORIZAÇÃO DA UECE

O desenvolvimento do Estado do Ceará, passa necessariamente pela interiorização plena do ensino superior. É inadmissível, para quem quer o desenvolvimento do Ceará de forma mais homogênea, que ´possa pensá-lo, sem a presença da universidade.
A UECE nos seus 30 anos de existência, foi a universidade com maior raio de ação no interior, chegando a cobrir quase a metade do estado, com campus fixos, a saber: região metropolitana de Fortaleza, Sertão Central, Sertão dos Inhamuns, Sertões de Crateús, Região do baixo Jaguaribe, Região centro Sul e Costa Leste.
A presença da UECE em algumas regiões desde a sua fundação, garantindo o acesso de populações interioranas ao ensino superior, é uma demonstração de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e equilibrado do Estado do Ceará..
Outros estados nordestinos tiveram o privilégio de interiorizar o ensino superior público federal desde a implantação de suas universidades federais. O Ceará, ao contrário teve a sua universidade Federal implantada na década de 1950, mas somente a partir do final da década de 1990 é que inicia um lento processo de interiorização do ensino superior público federal, ainda assim com apoio de universidades estaduais. Neste intervalo a UECE vem suprindo a lacuna do ensino superior ao lado ad UVA e da URCA, sendo que a sua expansão para o interior se deu de forma consolidada, com suas faculdade, e cursos permanentes, fixos e legalizados.
Neste contexto, as faculdades do interior da UECE merecem toda a atenção da administração superior, do Governo do Estado e da sociedade cearense. É preciso consolidar os avanços obtidos nestes anos de luta e suprir as necessidades imediatas, de médio e de longo prazo, para que as regiões assistidas pela UECE possam ter, nela, um parceiro na construção do seu desenvolvimento. É preciso compreender que o processo de desenvolvimento do estado do Ceará carece de equilíbrio entre as regiões. A capital caminha para um processo de exaustão sócio ambiental, o interior precisa reunir as condições necessárias ao seu desenvolvimento, com qualidade de vida para a sua populações e, neste cenário, a universidade e em particular a UECE, tem muito a oferecer.
Mas para tanto é preciso uma estrutura mínima para suas faculdades e cursos, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de extensão e sobretudo para o pleno desenvolvimento de sua atividade principal, o ensino. É necessária e urgente a aquisição de livros para as bibliotecas, a instalação e manutenção de laboratórios, a construção e manutenção de edificações compatíveis com as suas atividades É igualmente necessário a aquisição de professores e de funcionários com qualificação adequada para estas faculdades. É portanto necessário e urgente uma política de interiorização adequada às demandas das faculdades do interior e de suas regiões.
É assim que compreendemos, por experiência própria, que deva ser a futura gestão superior da UECE, bem como dos órgãos governamentais do estado, no caso específico da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, em relação à política de interiorização. É preciso ter a compreensão da importância da interiorização do ensino superior para o estado do Ceará e para tanto investir maciçamente nesta área fortalecendo essa política em todos os seus aspectos.

Prof.Ms.Francisco Artur Pinheiro Alves
Pré-candidato a reitor da UECE.


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Tuesday, January 08, 2008

ACRISE DA UECE e o caminho da superação

Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor adjunto do Curso de História
Pré- candidato a reitor da UECE

A Universidade Estadual do Ceará passa por uma crise sem precedentes em sua história. No entanto isso não deve ser motivo de desespero e sim de reflexão. A referida crise é maior e mais intensa na área financeira desdobrando-se para os diversos setores. Isso traz implicações que afetam toda a universidade, sua infra-estrutura. Mas não é da crise que queremos falar, pois esta está é tão visível, tão conhecida de todos, que, comentá-la é repeti-la. Já ouvimos relatos dela de todas as maneiras em diversas ocasiões. Queremos falar é de sua superação. Este é o grande desafio dos que fazem a UECE, em particular, e da sociedade cearense e de seu governo, em geral.
É, com certeza, inerente aos processos históricos de crise, o germe de sua superação. Ou seja, intrinsecamente às crises, estão os caminhos para a sua superação, para um novo dia, uma nova fase, um novo caminho, enfim uma renovação.
No caso da universidade, compreendo que concomitante à sua crise, há um grande potencial e este potencial é que fará a diferença e a levará à sua superação. O grande potencial da UECE, como em toda organização, é o elemento humano. Nela este está organizado em três segmentos: professores, estudantes e funcionários.
Os professores da UECE, são seu maior e mais valioso patrimônio. E por ser a universidade uma instituição eminentemente dedicada ao saber, é deles, que orientam, coordenam e dirigem os processos de investigação e de estudo, que sairão as luzes para a superação da crise da instituição. Mais do que isso eles conduzirão a universidade ao seu leito natural. Evidentemente que, com a participação ativa de estudantes e funcionários.
A UECE, decidiu, principalmente na década passada, investir na formação dos professores. Isso aconteceu, fazendo um corte, a partir dos encontros de Pacoti, idealizados pelo professor Paulo de Melo Jorge Filho (Petrola) e coordenados pela professora Maria do Socorro Osterne. Do nosso conhecimento, foi a partir dali que a UECE despertou para a importância de qualificar os seus professores. Embora um trabalho anterior da Pró reitoria de Pós Graduação já viesse sendo feito, o que possibilitou essa decisão histórica. A estratégia parece que paulatinamente foi contaminando a universidade. Professores foram fazer mestrado e doutorado e novos professores, em diversos concursos posteriores, foram admitidos já com esta qualificação, e, hoje temos um quadro significativo de mestres e doutores.
Os que não conseguiram se qualificar ao longo desse processo foi por diversos motivos, no entanto estes também são importantes para a universidade pois trazem o “doutorado” da experiência, quer seja na área pedagógica, quer seja na área administrativa. Estes, também, estão incluídos no que chamamos de maior potencial da universidade.
Os funcionários técnico-administrativo, estes são igualmente valorosos. São tão importantes e de um potencial tão imenso, que é difícil mensurar. Estes não tiveram as oportunidades dos professores de se qualificar e tão pouco foi-lhes oportunizados a entrada de outros colegas para se ajuntarem a eles e fortalecerem a sua categoria. Eles são resistentes, fortes, na sua área de atuação têm mostrado a sua competência, o seu potencial e a sua capacidade de resistência. A contribuição deste segmento para a superação da crise é também incomensurável. Apesar do débito que a UECE tem com eles, eles estão prontos a contribuir, desde o menor graduado ao mais graduado.
Os estudantes são, também, outra grande potencialidade desta universidade. Cada vez mais o seu nível de qualificação evolui, destarte as dificuldades que lhes são impostas, desde a falta de livros e equipamentos laboratoriais, como a falta de professores, estrutura etc aliada ultimamente a dois processos grevistas, que co certeza são também grandes obstáculos à suas formações. São eles que mais sofrem com a crise, não obstante, apontam para a universidade e a sociedade as suas possíveis soluções, seja através de seus segmentos organizados, através do movimento estudantil, seja na sala de aula, nos laboratórios, no cotidiano da universidade, bem como nos espaços dos colegiados onde tem representação.
Acredito, com muita convicção, que seja possível a reversão da crise da universidade a partir da articulação dos saberes destes três segmentos, colocados em ação para a busca deste fim. Isso vai demandar um esforço gigantesco, muita dedicação, muita negociação, muita renúncia, muito trabalho. É realmente uma tarefa hercúlea, mas que pode acontecer, vai acontecer e já está acontecendo, dentro dos limites e das possibilidades que a conjuntura em que está situada, a nível regional e nacional, permite.
Para finalizar este breve e intempestivo ensaio que coloco para avaliação dos meus pares e diversos segmentos da Universidade, teria ainda a dizer: A tarefa de superação da crise da UECE, requer muito dialogo, aqui conceituado segundo Moacir Gadoti (Diálogo Docente). É acreditando neste potencial, que acredito nas saídas que tem a UECE para superar a sua crise em parceria com governo e a sociedade cearense.


 
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